O Regresso

Estar de volta à minha terra natal e sentir-me estrangeiro era algo que não estava à espera…
A formação do Inov preparou-nos para a partida e vida no estrangeiro.
Tivemos palestras sobre o relacionamento com novas culturas, as diferentes fases durante a nossa estadia, como interagir com as diferentes personalidades que iríamos encontrar, entre outras…
No entanto nunca nos foi falado de como seria o regresso…
Nunca nos foi apresentado nenhum conceito ou ideia de como seria retornar ao nosso ninho…
De como seria voltar…
Voltar a Lisboa foi voltar a uma cidade nova… Apesar de a conhecer por inteiro, agora vejo-a com outros olhos…
Consigo agora vê-la como os turistas a vêem, fresca e nova a cada canto…
As diferenças sócio-culturais estão agora mais claras mas sociedade lisboeta é-me agora mais complexa e desconhecida…

A família e os amigos seriam os meus alicerces neste regresso a terras lusas, mas até esses sofreram alterações…
Pessoas que desapareceram do meu espectro de ligações, outras que surgiram de forma abrupta e surpreendente, umas revelaram-se frágeis e efémeras no meu mundo, outras fortes e eternas…
Sinto o meu circulo preenchido com pessoas realmente importantes e maior no seu número…
Sinto amizades longínquas que recusarei que o tempo me faça esquecer…

O regresso não é simples nem fácil…O regresso é voltar a partir para o estrangeiro…

2 comments:

Nexis said...

Quanto ao conteúdo: QUE SA FODA O REGRESSO CARALHO!!!

Quanto à forma: és o novo Saramago, companheiro. Em 15 frases, 14 acabam em reticências. Estás a iniciar um estilo! :-P

Quando descobrires o ponto de exclamação nem quero saber o que vai acontecer!!!!

Unknown said...

Sabes bem!!!
Eheh...
Gosto de deixar pensamentos e sinto que as reticências deixam o discurso sempre mais aberto do que o "."...
Será sim o meu estilo ;)